sábado, 12 de novembro de 2011

Ir (ou não) à Manifestação de Transporte Público


Hoje, 12 de Novembro de 2011 realizou-se ali para as bandas de Lisboa mais uma manifestação de funcionários públicos. Escrevo "mais uma" porque nos últimos anos, independentemente da cor política do governo, o que não faltaram foram manifestações de quase todos contra quase tudo. Quem já se esqueceu da mega-super-hiper manifestção dos professores contra o sistema de avaliação, que o então primeiro ministro José Sócrates queria impor, que juntou entre 200.000 a 300.000 pessoas?

Pois é ... agora vamos colocar a pergunta que se impõe: como se fazem deslocar todos estes manifestantes desde as suas terras de origem até ao centro da capital?
Pois é .... em autocarros .... alugados a empresas privadas, detidas de forma directa ou indirecta pelos grupos Barraqueiro ou Transdev.


Mas, perguntam vocês, por que razão não utilizam os manifestantes os transportes públicos?
Pois é .... basta ligar as televisões ou ler os jornais para ficarmos a saber que para a manifestação de hoje, vieram autocarros de todo o país, com funcionários públicos decididos a fazer ouvir a sua voz contra as políticas de austeridade do governo, contra o capitalismo desenfreado e contra a privatização de serviços essenciais.


Mas será que estes funcionários públicos não podiam fazer algo positivo em prol da diminuição do défice de exploração das empresas públicas de transportes, como a CP, Carris, ou o Metro de Lisboa?
Podiam, claro que podiam. Em vez de alugar autocarros a empresas privadas, podiam utilizar os comboios da CP, aumentando assim o número de passageiros transportados por esta empresa pública.


Do meu ponto de vista, não faz sentido que funcionários públicos que gritam palavras de ordem "contra o capitalismo" e "contra a privatização de serviços essenciais" alimentem lucros de empresas privadas que, por acaso, estão interessadas na privatização da CP, do ML e da Carris.

Pensem nisto ...

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