sábado, 28 de julho de 2012

Estado d'Alma II

Hoje, vigésimo oitavo dia do mês de Julho do ano da graça de dois mil e doze, escrevo sobre o que me vai na alma. Afinal, o blog é também um "muro das lamentações" mais do que um simples meio para se atingir um fim.
No mundo ferroviário, pouca coisa se passou nestes últimos dias ... houve um passeio do PTG, com um formato mais ou menos reduzido, mas que nos tempos que correm é "bem melhor do que nada".

Do ponto de vista dos entusiastas da ferrovia, foi a brisa fresca num verão que vai quente q.b. para gerar algumas controvérsias ferroviárias. Quem os viu, literalmente a correr atrás do comboio, foi uma delícia. No dia em que o PTG foi a Badajoz, eram às dezenas, em cima de pontes e viadutos, ou utilizando "outras formas mais ou menos engenhosas" para conseguirem uma "boa foto". Dizem as "más línguas" que houve quem se colocasse em cima de um escadote, na ânsia de obter uma foto para mais tarde recordar.
É claro que há sempre exageros, mas que a ideia do escadote é sem dúvida uma "boa ideia", ou pelo menos uma ideia original.
Mas isto de ser entusiasta não é fácil ... tudo começa em casa com o planeamento da viagem, com a escolha dos melhores lugares (há quem lhes chame spots, mas eu prefiro "lugares"), onde o sol possa estar favorável, e é claro, com acesso mais ou menos fácil, porque isto de andar atrás do comboio, geralmente não é compatível com caminhadas a pé.
Pois é ... mas na vida nem tudo se resume à publicação de fotos no Railpictures, Flickr, Trainspo ou nos inúmeros fóruns, forunzecos e afins que populam a nossa lusa-internet.

Mas, falando de coisas mais sérias …. Algum do material encostado no Entroncamento e no Barreiro começou a ser desmantelado …. A vida é assim. É um ciclo que se completa. Os mais saudosistas defendem que “mais material poderia ser preservado” ou que “o museu deveria guardar pelo menos dois exemplares de cada série de material circulante”. Não concordo. Preservar custa muito dinheiro e o estado não tem capacidade financeira para preservar “tudo o que mexe”. Sendo assim, concordo que se se preserve em estado de circulação um exemplar das séries de material circulante mais importantes, para que se possam organizar passeios temáticos com entusiastas ou turistas.

Não me atrevo a falar das greves dos ferroviários, porque isso já não é novidade. Tudo o que se torna "vulgar" deixa de ser notícia.

Termino, desejando a todos umas boas férias. Em agosto este blog completa o seu primeiro ano de vida, e será altura de fazer um pequeno balanço. Espero também ter tempo para voltar ao tema dos "fórunzecos e afins", com uma análise rigorosa sobre conteúdos e pontos de interesse.


Nota 1: este blog não representa qualquer organização, empresa ou tendência ferroviária. É apenas e só um espaço de opinião.

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